sexta-feira, 24 de julho de 2009

Petição em defesa da Reserva Agrícola Nacional

A Quercus, em conjunto com um grupo de cidadãos, lançou uma petição em defesa da Reserva Agrícola Nacional (RAN).


De acordo com esta associação, o novo diploma que define o estatuto da RAN é altamente lesivo para o Ordenamento do Território, ao permitir a florestação, sem quaisquer condicionantes, em todos os solos agrícolas, com o argumento de que não existe qualquer risco de destruição de solo agrícola, seja qual for o tipo de florestação.
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É sabido, por outro lado, que a plantação intensiva de espécies como o eucalipto - de grande interesse para os produtores de pasta de papel - é altamente prejudicial ao equilíbrio dos solos e seus ecossistemas.
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O mesmo diploma não prevê, igualmente, que àreas destinadas a habitação, actividades económicas, equipamentos e infra-estruturas sejam excluídas da RAN, subalternizando a defesa dos poucos solos férteis do país a necessidades que podem ser colmatadas de outras formas.

Os organizadores e assintantes desta petição pretendem reiterar «a necessidade de alargar o debate sobre a matéria, por forma a encontrar melhores soluções legislativas para a compatibilização dos diferentes interesses públicos afectados por esta revisão legal, a cuja imediata alteração apelam».

Mais de 2800 já assinaram. Leia e subscreva também, aqui.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

G8 falham novamente

Os líderes do G8 falham uma nova oportunidade para reunir esforços e responder à questão mais premente de todas...


Segundo o Los Angeles Times, os dirigentes dos países mais "desenvolvidos" recusaram comprometer-se com medidas concretas para travar as emissões de gases com efeito de estufa - medidas estas que iriam provocar aumentos nos preços da energia e nos impostos, entre outras mudanças "pouco populares" a nível económico.

Chegaram apenas a um acordo: o de reduzir as emissões globais em 80% até 2050. E ficaram-se por esta vaga intenção, não apresentando quaisquer medidas concretas para concretizar os níveis propostos.

Mais ainda, a China e a Índia (duas das maiores economias emergentes), em resposta à pressão dos países do G8 para unirem os seus esforços neste sentido, ao longo da próxima década, reagiram com um redondo "NÃO".

A boa notícia a registar nesta cimeira terá sido o empenho de Barack Obama na mediação das conversações - prenunciando, segundo fontes citadas no mesmo jornal, o regresso dos EUA à liderança no combate ao aquecimento global.

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sábado, 18 de julho de 2009

Abelha: um elemento-chave em perigo

O sinal de alarme surgiu em 2007: as abelhas estão a desaparecer. As estatísticas indicam que nos EUA, a segunda maior potência da apicultura logo a seguir à China,
mais de 60% das populações de abelhas desapareceram, nos últimos 40 anos. Na Europa, os números são igualmente alarmantes, em países como Itália, Bélgica, Alemanha, Espanha, Grécia, Suíça, Polónia e Croácia.

A causa directa deste flagelo é ainda desconhecida, mas vários factores têm sido apontados como sendo co-responsáveis: o aparecimento de uma nova doença, a varroose (considerada a “sida das abelhas”, sendo provocada por um ácaro, a varroa, que enfraquece o sistema imunitário do insecto); o envenenamento por pesticidas, usados indiscriminadamente; a sobreprodução; e os efeitos da poluição.

Algumas medidas começam a ser tomadas, para combater este desastre ambiental: nos EUA, o Congresso aprovou um plano de emergência semelhante ao aplicado em tempo de guerra ou crise económica; em França foi proibido o uso do pesticida Fipronil; em Espanha, uma equipa de universitários de Córdoba desenvolveu um processo de inseminação de abelhas-rainha, dando origem a abelhas fortificadas e mais resistentes aos ácaros.

O impacto do desaparecimento das abelhas no nosso ecossistema seria avassalador, já que este é o insecto polinizador por excelência, dele estando dependente uma vasta cadeia de espécies vegetais e animais, incluindo o ser humano. Como disse Einstein, "quando as abelhas desaparecerem da face da Terra, o homem terá apenas quatro anos de vida."


Fontes:

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Condomínio da Terra

Este será talvez maior desafio que se colocou até hoje à humanidade. Ao descobrirmos que entre a crosta terrestre, o mar, a atmosfera e os seres vivos, existe uma rede complexa de interligações permanentes que sustentam a vida no planeta, temos de adaptar o nosso modo de vida e organização a este funcionamento global da Biosfera. Somos todos vizinhos, todos dependemos de todos e problemas globais não se resolvem de forma isolada.


É assim que se apresenta o Condomínio da Terra, uma iniciativa recentemente lançada pela Quercus, que tem como objectivo conciliar a necessidade humana de existência de um espaço vital - delimitada por fronteiras, zonas económicas exclusivas e espaços aéreos - com uma unidade global, composta por partes insusceptíveis de divisão jurídica - atmosfera, hidrosfera e biodiversidade - e das quais todos os povos são funcionalmente dependentes.

Mais do que um mero conceito teórico, o Condomínio da Terra pretende desenvolver um modelo de actuação, tanto a nível local - por exemplo, através de programas de reflorestação ou de protecção da Biodiversidade - como a nível global - tendo já decorrido o 1º Forum Internacional do Condomínio da Terra (a 5 de Julho em Gaia, Porto), que reuniu personalidades de diferentes países, entre ambientalistas, economistas, especialistas em direito internacional, professores universitários e dirigentes de organizações de defesa do património natural da Terra.

O Econsciência junta-se ao Condomínio da Terra, para que este movimento marque o início de uma nova etapa de consciência e, acima de tudo, de acção.

Fontes:
Uma Forma Humana de Habitar o Planeta, Paulo Magalhães, Quercus Ambiente nº 24
Condomínio da Terra: Organizar a Vizinhança Global, Paulo Magalhães, Quercus

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Revolução verde?

«Já li ou ouvi tantos a dizer: "Estamos a viver uma revolução verde". Claro que há, com certeza, um grande burburinho verde por aí. Mas sempre que ouço que "estamos a viver uma revolução verde", não consigo resistir a responder: "A sério? A sério? Uma revolução verde? Já alguma vez viram uma revolução em que ninguém saísse ferido? É essa a revolução verde que estamos a viver." Na revolução verde que estamos a viver, todos estão a ganhar, ninguém está a renunciar a nada e o adjectivo que mais se utiliza para a "revolução verde" é "fácil". Isso não é uma revolução. Isso é uma festa. Estamos, na verdade, a viver uma festa verde.»


Thomas L. Friedman em Quente, Plano e Cheio (2008, Actual Editora)

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sacos de plástico: uma ameaça à larga escala

Os factos

Embora já todos saibamos, parece que ainda não sabemos o suficiente: os sacos de plástico constituem um dos grandes factores actuais de poluição.

Compostos por resinas tóxicas derivadas do petróleo, os sacos de plástico levam em média 500 anos a decompor-se.

De acordo com estatísticas recentes, consome-se diariamente 500 biliões de sacos de plástico no mundo inteiro.
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Embora estes possam ser separados para reciclagem, apenas uma ínfima parte chega a este fim - estima-se que menos de 2%. Os restantes 98% são enviados para aterros, ou andam literalmente à solta, constituindo um risco para a vida selvagem - aves e animais marinhos são as grandes vítimas dos resíduos plásticos que vão parar aos oceanos.
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As medidas

Em Portugal, a questão do consumo descontrolado de sacos de plástico ganhou maior visibilidade, desde que algumas superfícies comerciais passaram a cobrar por cada saco usado. No caso do Pingo Doce, no primeiro trimestre de 2007, a medida permitiu reduzir o consumo para metade, o que equivaleu a uma diminuição de 100 toneladas de resíduos plásticos.

Um exemplo interessante aconteceu recentemente no Brasil: no passado dia 24 de Junho, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou um projecto-lei que obriga todos os comerciantes, ao longo dos próximos 3 anos, a substituir os sacos de plástico por bolsas feitas de um material mais resistente, menos poluente e reutilizável. A mesma lei sugere aos comerciantes a criação de incentivos, como a recompra de sacos de plástico aos consumidores, ou até mesmo a sua troca por bens alimentares (ex: 50 sacos por 1kg de arroz ou feijão).

Um problema ainda sem solução

Mesmo com o incentivo à redução do consumo, coloca-se aqui outro problema: o da utilização dos sacos para acondicionar lixo orgânico. Face a esta questão, fala-se já nos sacos biodegradáveis.

Existem dois tipos de sacos biodegradávais: os que são produzidos a partir do milho e os que, embora fabricados a partir de derivados de petróleo, contêm um aditivo químico que permite uma desintegração mais rápida - estes últimos são actualmente distribuídos pela cadeia Modelo e Continente. Para ambos os casos, a decomposição processa-se em apenas alguns meses.

Contudo, colocam-se aqui novas questões, que se prendem com a produção sustentável de milho, ou a própria acção das substâncias químicas utilizadas nos sacos degradáveis.

O que podemos fazer

Acima de tudo, será importante estarmos conscientes deste problema e adoptarmos os hábitos que estão ao nosso alcance:

- REUTILIZAR os sacos para as compras / utilizar sacos de pano;
- SEPARAR os sacos em excesso para reciclagem;
- REJEITAR os sacos que são oferecidos nas lojas, sempre que possível;
- utilizar sacos DEGRADÁVEIS para acondicionar o lixo orgânico.


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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Comissão Europeia adopta modelo de Plano Estratégico Nacional para as Energias Renováveis

Foi adoptado o modelo que os diferentes países membros da União Europeia terão de seguir na elaboração do seu Plano Estratégico Nacional para as Energias Renováveis, que terá de ser apresentado até 30 de Junho de 2010.
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Este documento explicitará as estratégias delineadas para incorporar a energia proveniente de fontes renováveis em sectores como os transportes, a electricidade, o aquecimento e o arrefecimento em 2020, tendo em conta as políticas de eficiência energética e de forma a cumprir as metas nacionais estabelecidas.
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Notícia completa aqui

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